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Entenda o que é memória metabólica e de que forma ela afeta a diabetes

A estimativa é que cerca de 40 milhões de brasileiros estejam pré-diabéticos

Uma condição que afeta mais de 14 milhões de brasileiros segundo a International Diabetes Federation: assim é o diabetes, uma doença que, ainda segundo dados da IDF, deve afetar mais de 640 milhões de pessoas em todo o mundo até 2040.

Apesar da gravidade, muitos temas relacionados à doença ainda são pouco discutidos, e possivelmente desconhecidos por grande parte da população. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a estimativa é que cerca de 40 milhões de brasileiros estejam pré-diabéticos. Desse montante, aproximadamente 25% se tornarão diabéticos nos próximos cinco anos.

Memória das células

Devido ao perfil assintomático do Diabetes tipo 2, geralmente, quando uma pessoa é diagnosticada, o açúcar no sangue já está com índices muito elevados, e esse excesso na fase inicial da doença pode marcar para sempre a memória de suas células – esse é o conceito de ‘memória metabólica’. A condição pode afetar principalmente as células relacionadas às agressões crônicas da hiperglicemia, trazendo problemas para os rins, coração e retina.

Após um longo período sem o controle correto do açúcar no sangue, essa “memória” das células já está comprometida. “O período de negligência ao tratamento pode ser determinante para a evolução da doença. Quanto mais rápido o controle glicêmico após o diagnóstico do diabetes, menor risco o paciente terá de desenvolver uma complicação micro ou macro vascular a médio-longo prazo” explica o Dr. Marcelo Horácio.

Como “apagar” a memória metabólica?

Ainda segundo o Dr. Marcelo Horácio, a melhor forma de evitar as consequências da memória metabólica é fazer com que o paciente chegue à meta glicêmica ideal o mais rápido possível após o diagnóstico. “Com isso, é possível evitar que o metabolismo fique com a “lembrança” da glicose aumentada, o que poderia aumentar o risco de complicações futuras” explica.

A importância de estar atento aos fatores de risco e não retardar o tratamento assim que o diabetes é diagnosticado são lições importantes para os pacientes que buscam uma melhor qualidade de vida com a doença. Para os especialistas, a individualização do tratamento também é essencial, assim como o acompanhamento constante da evolução e melhora dos níveis de hemoglobina glicada e de outros parâmetros metabólicos, para que assim o desenho do tratamento possa ser feito da forma mais completa.

Prevenindo o problema

O diabetes tipo 2 se caracteriza principalmente pela resistência à insulina, e está diretamente relacionado com a obesidade. “A gordura que se acumula no abdômen promove inflamação, obrigando o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose entre nas células.

Nesse caso, a manutenção do peso, ou emagrecimento, e uma vida ativa são essenciais para reduzir o risco de se ter a doença” destaca o Dr. Marcelo Horácio. Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, além do aumento do risco de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). cred:noticiasaominuto

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