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Silvia Pfeifer fala sobre trabalhos em Portugal e volta ao Brasil

'Acho que intercâmbio de atores é um acontecimento global e altamente positivo', diz atriz, em entrevista ao Notícias ao Minuto Brasil

A atriz gaúcha Silvia Pfeifer, de 59 anos, divide a sua vida entre Rio de Janeiro e Lisboa. Isso porque ela acabou de atuar em uma novela de sucesso da TV portuguesa, mas já está de volta à capital carioca por conta de um peça de teatro, que acabou sendo adiada.

Ao Notícias ao Minuto Brasil, Pfeifer afirmou que foi bom retornar para matar a saudade da família e dos amigos, "mas o momento político e econômico do país é muito complicado, delicado, frustrante, o que torna tudo bem difícil". Leia a entrevista completa:

- Silvia, sua novela mais recente foi "Ouro Verde", da TVI, um dos programas mais vistos da TV portuguesa neste ano.

Como é a experiência de atuar para o público português visto que as novelas brasileiras também são muito famosas em Portugal?

Participar desta novela foi uma alegria e muita honra. Novela portuguesa de sucesso único! Resultado da enorme competência do diretor (e seus co-diretores), autora (e colaboradores), equipe técnica e artística, atores (super talentosos), coach e assistentes, enfim, uma equipe indiscutivelmente maravilhosa. Somos conhecidos, e reconhecidos por causa das novelas brasileiras imensamente apreciadas há alguns anos; sermos convidados a participar de uma novela, de enorme sucesso, e sermos conhecidos (em outro país!) por este trabalho é de uma alegria e felicidade sem igual.

É sentirmos que fazemos um pouco parte daquela história, daquela cultura. Ficamos ainda mais próximos do público.

Qual é o maior desafio entre trabalhar numa produção portuguesa e em uma brasileira?

No meu caso, por incrível que pareça, o maior desafio foi lidar com a língua portuguesa (risos). Durante quase oito meses, interpretei uma brasileira de origem portuguesa, formada em Portugal, casada com português, mãe de filhos já adultos. Por esta razão, sempre falava os "Tu" e "Você" de forma correta e nos momentos adequados e usava expressões portuguesas. Evitei alterar a forma do pensamento local.

Como o ritmo foi bastante intenso - gravamos 230 capítulos em pouco menos de 8 meses -, a demanda cerebral foi bastante grande. Além disto, nunca tinha feito uma personagem tão sofrida. Um grande desafio e aprendizado.

Mais atores brasileiros estão vindo para Portugal trabalhar na TV. Você acha que os atores estão perdendo um espaço que antes era garantido na TV brasileira?

Acho que intercâmbio de atores é um acontecimento global e altamente positivo. Cada vez mais, pelo mundo afora, as produções se dão com atores de nacionalidades diversas. Sempre tivemos muitos atores portugueses aqui no Brasil. Neste momento, pelo menos três estão em produções brasileiras.

Como foi voltar ao Brasil depois dessa temporada em Portugal, principalmente nesse momento político?

Foi muito bom voltar porque estava com saudade da família e amigos. Mas o momento político e econômico do país é muito complicado, delicado, frustrante, o que torna tudo bem difícil. Por outro lado, gosto muito de Portugal, dos amigos queridos que fiz por aí, adoro Cascais (onde tenho um apartamento e já morei também em 2004 e 2005) e já sinto saudade. Gostaria de poder estar aí mais seguidamente.

- Você pretende já ingressar em algum novo trabalho na TV ou dará uma pausa?

Adoraria poder já ingressar num novo trabalho aqui. Voltei de Portugal com uma possibilidade de teatro mas teve que ser adiada.

Qual foi a personagem que você considera a melhor que já fez?

Acabamos por gostar e nos apaixonamos pelas personagens que fazemos. Torcemos por elas, sofremos por elas e com elas. Por isso, é um pouco injusto preferir esta ou aquela, mas algumas nos trazem grandes alegrias. Isadora Venturini e Léa Mezenga foram muito especiais, sim, mas não posso deixar de mencionar Claudia, da minissérie ‘Boca do Lixo’; Leda, de ‘Perigosas Peruas’; Virgínia, de ‘Desejos de Mulher’; Leila, de ‘Torre de Babel’; Paula, de ‘Malhação’; minhas duas peças de teatro; e a Dra. Mônica, de ‘Ouro Verde’, claro!

Você disse, em entrevista a um jornal, que pretendia continuar se dedicando a fazer brownies quando voltasse ao Brasil. Ainda continua com esse projeto?

Sim, disse, fazer brownie (e bolos) me dá um prazer enorme. É um projeto familiar que vamos tocar futuramente.

Você poderia nos contar algum detalhe especial da sua receita do brownie?

Não, não uso ingrediente especial... mas não contarei o segredo, risos.

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