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RMF/Alessandra Costa

O Cão que sonhava Lobos


Uma fábula contemporânea, para todas as crianças, que faz uma viagem da origem do cão até a parceria com o seu melhor amigo, o homem.

O espetáculo, que está na sua terceira temporada, estreou na Casa de Cultura Laura Alvim e também passou em curta temporada no Teatro Glauce Rocha.

O CÃO QUE SONHAVA LOBOS traz uma narrativa para todas as idades, contada por um ator andarilho que se transforma em vários personagens para explicar como o lobo se transformou no cão doméstico. Para isso, ele relata a saga de Lobobão, um cãozinho sonhador e artístico que é expulso de casa por ter salvado um lobo, e se vê obrigado a conviver com a dura realidade de virar um cão de rua. Após muito vagar pelo mundo tentando entender seu destino, ele começa a ter sonhos com um misterioso lobo de outro planeta, que lhe transmite sua verdadeira missão nesta terra.

Lobobão aprende que as dificuldades da vida podem tornar-se oportunidades para entrarmos em contato nossos verdadeiros talentos. A narrativa é centrada na figura do ator, de,seus recursos corporais e vocais, além de utilizar-se de canções e instrumentos de percussão para colorir ainda mais a história.

“(...) achamos mais do que justo e oportuno homenagear o cão, um animal que se tornou praticamente uma extensão da família, ao mesmo tempo em que tentamos alertar para algumas injustiças e violências que lhe são imputadas.

Valemo-nos também desse animal, sempre associado à generosidade, à fidelidade, à justiça, entre outros atributos positivos, para ressaltar a necessidade de resgatar essas qualidades em um momento em que elas nos parecem pouco efetivas nas relações humanas”, conta Samir Murad, ator e autor do texto.

Fotodivulgação

A MONTAGEM

Samir Murad é ator, autor, diretor, dublador e professor da faculdade CAL de Artes Cênicas. É formado pela UNI-Rio como ator e professor, com pós-graduação na UFRJ sob a direção de Aderbal Freire e mestrado pela UNI-RIO. Com trabalhos na TV Globo, TV Record, em dublagem e no Teatro, Samir é experiente no manejo de técnicas do teatro contemporâneo.

Ao realizar pesquisas e ter referências nos ensinamentos de Eugenio Barba, Jerzy Grotowski (1933-1999) e Peter Brook, o ator investe no teatro artesanal, onde dialoga com o próprio corpo, com objetos e faz com que todos os elementos se transformem em uma extensão de si mesmo. Assim, estimula o olhar da criança para o aspecto lúdico da narrativa.

Samir dá vida a outros personagens que cruzam o caminho do cãozinho e ressignifica os materiais de cena, transformando longos panos em seres, elementos cênicos em instrumentos, instrumentos em outros objetos. Já as canções, foram especialmente compostas para o espetáculo, e tocam em cena: sapinho, reco-reco, guizos, caxixi, prato, apitos, sino, pandeireta sem pele, claves, xilofone e derbake pequeno.

Fotodivulgação

“Os instrumentos de percussão são os primeiros da história da música, vêm desde os tempos da caverna. Na peça, a utilização deles se dá em consonância com a pesquisa de linguagem que se vale também de alguns recursos mais essenciais e artesanais do teatro, sendo muito utilizados no teatro oriental, que é uma das nossas fontes principais de inspiração.

Como se trata de uma narração épica, os personagens se utilizam dos instrumentos para colorir as ações físicas da narrativa, instigando a imaginação do espectador. Por exemplo, ao falar... ’Em uma noite de lua cheia’... (e tocar um apito), o som deve levar o espectador a imaginar sua própria noite de lua.”, explica Samir.

SINOPSE

O cãozinho Lobobão é expulso de casa por seu dono após salvar um lobo. Depois de muito caminhar pelo mundo tentando entender seu destino, ele encontra um lobo misterioso, que irá lhe revelar sua verdadeira origem e missão na Terra, mostrando que cães e lobos não são tão diferentes como ele imagina.

Serviço:

O CÃO QUE SONHAVA LOBOS

Temporada: 05 a 27 de Maio

LOCAL: Teatro Ziembinski - Rua Heitor Beltrão, sn - Próximo a Estação de Metrô, São Francisco Xavier. Tijuca – Rio de Janeiro – RJ

HORÁRIOS: Sábados, às 17h e Domingos às 16h

DURAÇÃO: 60 minutos

INGRESSOS: R$40,00 e R$20,00 (meia)

CAPACIDADE: 104 lugares

CLASSIFICAÇÃO: livre

Por Alessandra CostaDuetto - RJ

Assessoria de Imprensa e Comunicação

Colaboradora na RMF/Portal Destaque

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