A coach de Realização Profissional, Helô Scarantino, dá dicas de como medir a satisfação profissional e fazer com que o fato de trabalhar seja algo prazeroso
Em quase todo bate-papo, seja de elevador, no bar, reunião de amigos ou jantares em família, há alguém reclamando do seu trabalho.
Ainda que muitos estejam na fila na busca por um emprego, sempre há essas queixas, que podem ter as mais diversas justificativas.
Porém, quando se trata de algo casual, tudo bem, já que isso faz parte da rotina. Em contrapartida, quando vira uma constante, é a hora de ser investigado com mais afinco.
Segundo Helô Scarantino, Coach de Realização Profissional, não existe uma carreira ou profissão perfeita.
Ou seja, sempre haverá momentos de altos e baixos, como tudo em nossa vida.
“Mas não quero dizer com isso que temos que nos resignar com nossa carreira. Pelo contrário, temos sempre que buscar a nossa realização profissional de forma ativa, através da intersecção de três pilares: paixão, talento e cliente”, ressalta a coach.
Ela explica:
Paixão: é aquilo que nós amamos fazer, que nos dá entusiasmo e faz os nossos olhos brilharem;
Talento: significa “dons” e habilidades com os quais viemos ao mund
o e que por serem tão fluídos e naturais, nem os notamos;
Cliente: simbolicamente representa para quem oferecemos nosso trabalho (empresas ou pessoas).
Fotodivulgação
O que faz com que uma pessoa acorde e pense “Que bom, vou trabalhar!”
Helô destaca que isso acontece quando a pessoa consegue unir seus dons e talentos à serviço de uma necessidade concreta do mundo.
“Com certeza, quando se sentem desafiadas e entusiasmadas com seu trabalho, independentemente do dia ou do horário, as pessoas mantêm o foco e energia para entregarem sempre o seu melhor”.
É válido lembrar que durante muitos séculos a maior parte da população economicamente ativa buscava apenas sanar suas necessidades básicas de subsistência, da forma mais segura e estável possível.
Entretanto, a busca pela realização profissional é algo que vem acontecendo de forma mais acentuada de uns tempos para cá, em particular nas sociedades onde isto é algo possível.
“É indiscutível que esperamos muito mais de nossas carreiras hoje em dia do que as gerações que vieram antes de nós”, lembra Helô.
Ainda que muitas profissões estejam desaparecendo, a boa notícia é que novos ofícios estão surgindo e, assim, novas paixões também.
“Como diz o futurólogo Thomas Frey, ‘a mesma tecnologia culpada pela eliminação de nossos empregos também está nos dando capacidades com as quais jamais sonhamos’.
Helô Scarantino - Fotodivulgação
Frey diz ainda que 60% dos melhores empregos que existirão em 10 anos ainda não foram inventados, exigindo uma postura cada vez mais aberta e curiosa de nossa parte”, lembra a profissional.
Como mensurar sua satisfação no trabalho?
A coach dá algumas dicas de perguntas para você utilizar como “termômetro” e avaliar o que pode ser melhorado.
Fotodivulgação
Confira!
Paixão:
Quais sãos os temas que você gosta de falar, ler ou estudar a respeito?
Quais são as atividades que ao realizá-las você nem sente o tempo passar?
Que tipo de afazeres você executaria mesmo de graça?
Talentos:
Quais atividades que você realiza de forma consistente e com muita qualidade?
Que tipo de “ajuda” seus colegas de trabalho costumam pedir para você com mais frequência?
Quais são os feedbacks positivos que você mais recebeu ao longo do tempo?
Clientes
Seu trabalho atual tem um sentido especial para você?
Você sente que atua profissionalmente, tem seus valores respeitados por gestores, pares, equipes, clientes etc.?
Empresa
Você possui orgulho e se identifica com o propósito da organização em que trabalha?
A cultura e valores vividos no dia a dia fazem sentido para mim?
Clientes Individuais
Tenho orgulho do produto que vendo ou do serviço que presto para meus clientes?
Eu gosto tanto desse trabalho que o faria mesmo de graça?
A primeira parte das questões, sobre paixões e talentos, podem trazer dicas importantes do que deveria fazer mais parte do seu dia a dia profissional.
Fotodivulgação
Já a segunda parte, sobre clientes, traz outra importante reflexão, que é a da sua rotina no trabalho.
“Portanto, se você responder mais “sim” do que “não”, está no caminho certo! Caso o “não” predomine, é o momento de você buscar ajuda profissional para avaliar os passos mais indicados e resolver essa situação”, finaliza.
Serviço:
Helô Scarantino – Coach de Realização Profissional
Por Priscilla Silvestre - RJ
Jornalista - Comunicações
Colaboradora na RMF/PortalDestaque