Cantor e compositor Marcelo Quintanilha homenageia 60 anos de Cazuza em seu novo álbum.
Levando o nome CAJU, como carinhosamente Cazuza era chamado por amigos, o projeto foi lançado em janeiro pela gravadora DECK e traz sucessos como “Codinome Beija-Flor” e“Exagerado” em uma nova roupagem.
No último 4 de abril o ícone Cazuza completaria 60 anos, uma data a ser lembrada e comemorada como o nascimento de um dos grandes poetas do rock nacional e da música popular brasileira.
“O Cazuza foi muito importante para mim e me influenciou muito como compositor, sempre admirei muito a linguagem e a liberdade que ele tinha na sua vida e na sua obra. Eu vinha de uma escola clássica, que queria fazer música como Gil, Caetano, Chico e Cazuza, mesmo descumprindo com as normas rígidas da MPB tradicional, conseguia falar com todo mundo, docemente, com crítica e com uma densidade muito própria.
Como dizia Gil, Cazuza falava outra língua, mas todo mundo entendia!”, conta Marcelo, que sempre foi fã confesso de Cazuza e que já havia gravado a canção “O Tempo Não Para” em seu CD QUINTO de 2008.
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No repertório de CAJU estão 11 canções de Cazuza, como “Blues da Piedade” que ganhou versão à capela num côro Gospel; “Codinome Beija-Flor”, numa versão valsada; “Exagerado”; “Azul e Amarelo”; e “Brasil”, com participação de sua filha Nina Quintanilha dando voz da nova geração a um retrato tão atual quanto há 30 anos atrás, reiterando a atemporalidade de sua obra.
Fechando o álbum, a canção “Caju”, de Marcelo Quintanilha reverencia Cazuza com versos “quase tão livres quando a alma desse tão poeta”, contra o tédio, contra os chatos, e contra as convenções.
Caju, o apelido de Cazuza, que se chamava Agenor de Miranda Araújo Neto, foi o título escolhido para o álbum concebido para mostrar sua obra através de uma sonoridade elegante e delicada, que destaca o grande poeta que Caju é, se distanciando das versões originais para chegar aos ouvidos das pessoas de modo mais íntimo, como “segredos de liquidificador”.
Os arranjos de Marcelo Quintanilha e Maestro Rodrigo Petreca (que também assina a produção do álbum) foram pensados para valorizar a poesia de Cazuza num figurino sonoro atual, mesclando acústico e eletrônico de forma moderna e precisa. Xinho Rodrigues assina o arranjo de “Faz Parte do Meu Show”, que ganhou versão mais pop do que a bossa nova original.
A direção geral do projeto é do Fran Carlo e a direção artística de Daniela Mercury.
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No próximo dia 9 de Junho o lançamento em São Paulo será no charmoso Teatro do Sesc Belenzinho.
O trabalho já é sucesso de crítica e começa a viajar o Brasil. O mês passado o show esteve em Salvador.
Sobre Marcelo Quintanilha
Marcelo Quintanilha é paulistano e cresceu no meio musical. Os pais tocavam acordeom e desde cedo o estimularam a aprender algum instrumento. Foram os principais incentivadores, responsáveis por sua iniciação e paixão pela música brasileira. Depois de flautas e teclados, começou a aprender violão, aos dez anos, descobrindo nele a 'voz' ideal e o próprio talento. Fez durante muitos anos o circuito universitário e de teatros de São Paulo.
Em 1992, aos 23 anos, classificou-se como o 'compositor mais jovem' entre os finalistas do Festival da Record, com a canção "Domingo Outra Vez", homenagem aos festivais dos anos 60. Lançou seu CD de estreia, "Metamorfosicamente" em 1995, e já contabiliza nove álbuns na discografia. Como compositor, tem músicas gravadas por cantoras como Daniela Mercury, Belô Veloso, Vânia Abreu, Padre Fabio de Melo e Nando Reis.
Acaba de lançar o álbum CAJU, uma homenagem aos 60 anos do nascimento de Cazuza.
Serviço
Marcelo Quintanilha – CAJU – Homenagem aos 60 anos de Cazuza
Local: Teatro do SESC Belenzinho
Data: 09 de Junho - Sábado
Horário: 21 h
Endereço: Rua Padre Adelino, 1.000 – Belenzinho - (próximo ao metrô Belém), São Paulo - SP
Ingressos: R$ 20,00 / R$ 10,00 (meia-entrada) / R$ 6,00 (comerciário)
Por Petterson Mello - SP
Colaborador na RMF/PortalDestaque