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RMF/PD-Diogo Locci

Dirigidas por Carolina Bianchi, dez bailarinas e atrizes interagem com os espaços do Sesc Pinheiros


Idealizada e dirigida por Carolina Bianchi, performance parte de estudos sobre sexualidade e diferentes experiências de prazer

Criada e dirigida pela atriz e dramaturga Carolina Bianchi, a performance Quiero Hacer El Amor ocupa áreas de convivência do Sesc Pinheiros entre 6 e 27 de Julho.

As apresentações acontecem todas as sextas-feiras e também no feriado (9 de julho, segunda-feira), às 13h30. Criada como um desdobramento dos estudos de Carolina sobre corpo e sexualidade, Quiero Hacer El Amor conta com dez performers, todas mulheres.

O trabalho de Carolina pretende desierarquizar noções estabelecidas sobre sexo. Ao deslocar mulheres para ambientes públicos que, a princípio, nada tem de sexuais, a artista experimenta o poder da sexualidade de criar desvios no que está estabelecido.

Fotodivulgação

“Nós nos perdemos no espaço até que o corpo também vire parte da arquitetura que ocupamos”, diz Carolina.

As performers ocupam diferentes espaços e interagem com corrimão, chão, parapeito e outras superfícies que estiverem disponíveis. “É importante que esses locais estejam desprovidos de qualquer libido, pois isso é construído na cena. Já fizemos a ação na frente de um tribunal de contas, por exemplo”, explica a artista.

Entre as principais referências de Carolina para os estudos sobre sexualidade, estão o filósofo francês Gilles Deleuze (1925 – 1995), que ao propor pensar a pele como uma superfície repleta de poros abre a percepção sobre outras possibilidades de prazer; o filósofo espanhol Paul B. Preciado (1970), que critica principalmente a cultura heterocentrada, que olha o corpo como algo que funciona a serviço da reprodução sexual e produção de prazer genital; e da americana Andrea Fraser (1965), performer e professora de novos gêneros de arte na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Fotodivulgação

Desenvolvida ao longo de duas horas, a performance não tem o objetivo de que o público a assista do começo ao fim, mas sim a flagre em determinados momentos. “É uma experiência em trânsito, menos sobre ver e mais sobre perceber o que está acontecendo”, diz Carolina. Para ela, o trabalho desloca o prazer sexual da mulher para o ambiente público, espaço que culturalmente foi concedido apenas aos homens.

Quiero Hacer El Amor por Carolina Bianchi

Quiero Hacer El Amor é uma experiência em performance em que um grupo de 10 a 20 artistas mulheres se relacionam sexualmente com diferentes superfícies/ matérias que configuram um espaço. Durante aproximadamente 120 minutos friccionamos toda a extensão do nosso corpo como possibilidade de prazer quando em contato com o chão, a arquitetura de um edifício, e os objetos que são encontrados pelo caminho.[

Fotodivulgação

Deslocar a erotização feminina para o espaço público, provocar a expansão das possibilidades de prazer em cada centímetro do nosso corpo. Desvio. Descontextualizando hábitos, músculos afetivos altivos. Molhar o patrimônio com nossos fluídos. Transar com o espaço e ser transada por ele. “A revolução é a sexualidade pisoteando a civilização” ( The Motherfuckers).

Teaser:

Divulgaçãovimeo

Serviço

Dança – Quiero Hacer El Amor

De 6 a 27 de Julho, sextas-feiras e feriado (9 de julho, segunda-feira) – 13h30

Grátis. Local: Áreas de Convivência. Classificação: Livre. Duração: 120 minutos.

SESC PINHEIROS

Endereço: Rua Paes Leme, 195.

Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10 às 18h.

Tel.: 11 3095.9400.

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, das 10h às 21h30; domingo e feriado, das 10h às 18h30.

Taxas / veículos e motos: para atividades no Teatro Paulo Autran

Preço único: R$ 12 (credencial plena do Sesc) e R$ 18 (não credenciados).

Transporte Público: Metrô Faria Lima – 500m / Estação Pinheiros – 800m

Por Diogo Locci - SP

Assessoria de Imprensa

Colaborador na RMF/PortalDestaque

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