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RMF/PD-Mirian Carneiro Barbosa

Cirurgiã explica a importância da segurança na hora de realizar procedimentos estéticos e cirurgia p


Saiba mais sobre as etapas essenciais para uma cirurgia plástica segura.

A bancária Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, de 46 anos, morreu na madrugada do último domingo, horas após ser submetida a um procedimento estético, realizado em uma cobertura na Barra da Tijuca.

A vítima saiu de Cuiabá, no Mato Grosso, para fazer aplicações de silicone nas nádegas com Denis Cesar Barros Furtado, de 45 anos, conhecido nas redes sociais como “Doutor Bumbum”.

Após a intervenção, Lilian teve complicações e foi encaminhada pelo próprio médico para um hospital particular, também na Barra, aonde chegou ainda lúcida, mas com taquicardia, sudorese intensa e hipotensão.

O quadro de Lilian se agravou e ela sofreu quatro paradas cardíacas morrendo pouco depois de 1h. A hipótese inicial levantada sobre as causas morte foi embolia pulmonar, devido à aplicação do silicone.

De acordo com a cirurgiã plástica Juliana Rizzatti, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Rj, a cirurgia plástica tem como finalidade beneficiar a saúde, a autoestima e até a aparência de uma pessoa.

“Cada procedimento é indicado para determinadas situações, mas, em termos gerais, bons candidatos são pessoas não portadoras de patologias que possam prejudicar a cicatrização ou aumentar o risco da cirurgia, não fumantes e que possuam uma perspectiva realista sobre os resultados” explica. Mas esse é apenas o começo.

Fotodivulgação

Para garantir uma cirurgia plástica segura, o paciente deve seguir uma série de etapas. Todas elas são muito importantes para que a saúde e a integridade fĩsica não sejam colocadas em risco.

Confira abaixo com Juliana Rizzatti as etapas essenciais para uma cirurgia plástica segura:

1 - Busca do profissional certo para realizá-la

“Esse é um detalhe muito importante e que deve ser analisado com bastante atenção. O profissional certo é o que possui o título de especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Essa certificação é uma segurança, pois significa que a pessoa será atendida por um profissional que teve acesso à formação rigorosa, está habilitado para realizar todo tipo de cirurgia plástica, trabalha submetido a um código de ética e realiza as cirurgias somente em instalações médicas credenciadas e centros cirúrgicos autorizados pela Vigilância Sanitária, com equipamentos e equipe treinada para atender qualquer irregularidade” explica a médica.

A Sociedade mantém uma área somente para busca dos cirurgiões plásticos membros da SBCP no site. Outra forma de se certificar de que o cirurgião plástico escolhido para realizar o procedimento é mesmo habilitado é fazer a mesma consulta na página do Conselho Federal de Medicina (CFM) para verificar se o médico está registrado no CFM.

2 - Escolha do momento certo para fazê-la

Segundo Juliana Rizzatti, é o paciente que determina, em conjunto com o cirurgião plástico, quando irá se submeter à cirurgia. A recomendação é realizá-la em um período em que haja tempo e tranquilidade para recuperar-se do procedimento e em que seja possível obter ajuda.

“Dependendo do tipo de cirurgia, pode ser que seja necessário usar cintas elásticas durante a recuperação e isso pode ser um pouco desconfortável em dias muito quentes. Como o recomendado é não expor as cicatrizes ao sol, o verão pode não ser uma época propícia para determinadas cirurgias plásticas. Sem contar que o inchaço ocasionado por alguns procedimentos pode ser menor no inverno” aponta a cirurgiã.

3 - Conhecimento dos produtos

Em algumas cirurgias plásticas, são utilizadas próteses para reestruturar partes do corpo. O bom resultado obtido com a colocação do implante está diretamente relacionado à qualidade do produto. Por uma questão de segurança, o correto é utilizar próteses que sejam aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

4 - Cuidados pré-cirúrgicos

Rizzatti explica que a realização de uma cirurgia plástica é muito mais do que o procedimento cirúrgico em si. “A preparação para efetuá-la é tão importante quanto as outras etapas e influencia diretamente na recuperação. Antes de agendar a data do procedimento, o paciente deve questionar o médico sobre tudo o que envolve o procedimento. Em contrapartida, o cirurgião plástico tem o compromisso de avaliar o motivo pelo qual o paciente quer fazer a cirurgia e entender quais são as expectativas quanto ao resultado” diz.

Mesmo que todas as questões de saúde sejam levantadas e registradas no prontuário médico, o cirurgião plástico pode solicitar ao/à paciente, previamente à cirurgia:

  • a realização de novos exames laboratoriais ou avaliação médica;

  • o ajuste dos medicamentos atuais ou a inclusão de novos;

  • que não fume e evite bebidas alcoólicas por um determinado período antes da cirurgia;

  • evite tomar aspirina, anti-inflamatórios e medicamentos naturais, pelo risco de aumentarem o sangramento.

5 - Orientações para o dia da cirurgia

Depois de acertados todos os detalhes, é agendado o dia da cirurgia plástica. Para garantir a segurança e conforto do/a paciente, ele/a não deve comer ou beber após às 23h do dia que antecede o procedimento. O/A paciente deve permanecer em jejum, inclusive sem consumir líquidos, para evitar complicações respiratórias na aplicação da anestesia.

No caso de ser necessário ingerir algum medicamento de uso frequente, estes devem ser tomados com uma pequena quantidade de água. A única restrição quanto à higiene pessoal matutina é de que seja feita com cuidado para não engolir água. Hidratantes, cremes, loções, esmaltes escuros e qualquer tipo de maquiagem não devem ser utilizados no dia da cirurgia.

O período de internação após a operação varia de 12 a 48 horas. Esse tempo é determinado de acordo com o tipo de procedimento realizado, pela ocorrência de complicações e pela resposta do organismo à reabilitação. Somente quando o cirurgião plástico considera que o/a paciente está em boas condições é que concede a alta hospitalar, com a orientação de que ele/a deve agendar uma consulta para acompanhamento.

As consultas pós-operatórias são muito importantes enquanto o corpo se restabelece. Servem para prevenir complicações, prever e solucionar possíveis adversidades. O não comparecimento às consultas após a cirurgia pode comprometer os bons resultados do procedimento.

6 - Recuperação

A cirurgia plástica requer atenção ao pós-operatório para ser bem sucedida. A recuperação está relacionada a alguns fatores, como o tipo de procedimento e a reação do organismo, que é diferente em cada pessoa.

A genética, a rotina de vida, a idade, os fatores emocionais e outras questões intrínsecas ao ser humano são condições que influenciam no restabelecimento do/a paciente que se submete à cirurgia plástica.

Alguns procedimentos podem exigir até 12 meses de cuidados específicos para que a recuperação seja completa. No início, pode ser que haja restrição quanto à execução de parte das atividades do dia a dia ou que seja necessário usar acessórios, como sutiãs pós-cirúrgicos ou cintas de compressão.

O primordial na recuperação da cirurgia é controlar o inchaço e as manchas roxas que surgem depois do procedimento. O inchaço, ocasionado em parte pelos medicamentos utilizados, pode desaparecer sozinho com o passar do tempo, mas, em certas situações, o cirurgião plástico pode recomendar sessões de drenagem linfática para acelerar o processo.

Manter uma alimentação equilibrada, que não inclua produtos gordurosos e industrializados que comprometem a cicatrização, é outra forma de reduzir a duração do pós-operatório.

Serviços:

Clínica de Cirurgia Plástica Juliana Rizzatti

Endereço: Le Monde Office - Avenida das Américas, 3500 Toronto 3000 – Sala 605 - Barra da Tijuca

Telefone: 3282-5222 Site: www.julianarizzatti.com.br

Por Mirian Carneiro Barbosa - RJ

Colaboradora na RMF/PortalDestaque

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